“Por essa eu não esperava, mas você virou uma mãe clichê!” – disse meu marido no dia das mães numa tentativa de elogio disfarçada de crítica, ou o inverso, vai saber.

Mas sim, como todas as mães dizem “não tem amor maior que amor de mãe”, e como todas eu não tinha a menor ideia disso antes de engravidar.
Acho que é um artifício da natureza para que procriação da humanidade se dê, se não por vontade, por curiosidade de saber que força é essa que as mães têm.
Esta semana foi a minha volta de licença a maternidade, me peguei entre a euforia de finalmente voltar a contribuir para a sociedade com o meu ofício, e na angústia de me separar da minha cria.
Uma situação ridícula de choro e felicidade beirando a bipolaridade.
Sigo firme e forte nesta adaptação, confiando que o meu filho vai aprender pela observação dos exemplos a sua volta.
E se inspirar por uma mãe que trabalha não só pelo salário, mas pelo prazer de fazer o que gosta. Se inspirar com o pai que leva e busca na escola, faz jantar e cuida dele.
E entenderá a responsabilidade de crescer como família, vai querer fazer a sua parte, vai ser inspiração para nós!
Como clichê de mãe, faço (ou tento fazer) o melhor para ele, e estou tentando ser melhor por ele também, o que é estranho de uma hora para outra todas as suas atitudes são calibradas em relação a vida de outra.
Exemplo, recebi um post falando sobre a polêmica dos canudinhos de plástico, que em alguns países estão sendo banidos por gerarem lixo desnecessário. Pois bem, em outros tempos talvez essa notícia não tivesse nenhum apelo para mim, mas AGORA não posso conceber contribuir para a poluição do planeta, dado que isso afeta as futuras gerações…e mais ainda, não posso ser essa figura para o meu filho que não tem consciência de sua pegada ecológica.
É uma preocupação sem fim (outro clichê de mãe) de que esse esforço seja o suficiente para ele se tornar uma pessoa justa, íntegra, generosa, batalhadora, sonhadora, saudável e acima de tudo muito muito muito feliz!!!